Game em Foco - Silver Surfer (NES)






Silver Surfer é um game desenvolvido pela Software Creations e publicado pela Arcadia System no ano de 1990 nos Estados Unidos exclusivamente para o Nintendo 8 bits, já no final de vida do console.

Introdução:

Nos anos 90 os games eram produzidos e não se tinha muitas informações sobre o conteúdo que carregavam, a não ser o nome do game ou do personagem (Nesse caso o Surfista Prateado) que seria o assunto, e como a internet ainda não tinha ganhado força, só restava as revistas especializadas para ler sobre qualquer coisa relacionada a lançamentos, consoles e os próprios jogos.

História:

Galactus envia o Surfista Prateado para uma missão onde ele precisa conseguir o Dispositivo Cósmico, mas para isso vai ter que passar por desafios contra inimigos fortes como Mephisto, Possessor, Reptyl, Fire Lord e Kylor (da raça Skrull) e até mesmo o Senhor Sinistro (Boss Final), que também está atrás do dispositivo, sendo a missão do Surfista evitar que o objeto caia em mãos erradas.

Falando sobre o título:

Falando desse game, já podemos resumir que esse jogo está entre os mais difíceis do mundo, sendo quase surreal o gameplay, principalmente porque todo o cenário te “mata” literalmente, e isso já é motivo para se tornar agressivo durante apenas uma jogatina.

– Você começa escolhendo as fases no melhor estilo Mega Man, com o rosto de cada inimigo aparecendo na tela, e é possível acessar qualquer fase sem ter uma ordem fixa.

Os inimigos do game.

– O game é no estilo de voar, atirar e desviar como se fosse um jogo de “navinha”, e seus ataques tem alguns power Ups para melhorar a força e a quantidade de tiros, e o jogador deve apertar repetidamente o botão para disparar (a não ser que tenha um controle turbo que te permita segurar o botão na tranquilidade). De qualquer maneira, o ponto principal é evitar encostar em qualquer coisa do cenário.

Cuidado com o cenário, pois qualquer pode literalmente te "mata".

– Cada uma das fases é dividida em duas ou três partes, e o Surfista fica voando o tempo todo pelo cenário, partindo da esquerda para a direita. Aqui podemos mencionar mais um problema, que é atirar na direção contrária, porque é preciso apertar um botão (B) para fazer esse movimento (não é só mexer a direcional e trocar de lado o boneco, como normalmente seria), e diante da já falada dificuldade desse jogo, coloque isso na conta do quase impossível, e não é tudo, o game ainda tem partes em que a visão fica vertical e o personagem se mexe de baixo para cima, então é só imaginar tudo que falamos de dificuldade até agora e dobrar, se transformando em mais “mortes” do protagonista, já que o cenário se torna ainda mais perigoso, literalmente.

Nessa visão, os perigos do cenário aumentam ainda mais. 

– O Surfista morre com qualquer coisa do cenário, com apenas um dano, pode ser encostando na parede quando um inimigo pula e o atinge (como exemplo temos um dinossauro bípede e até mesmo um pato de borracha, sim, acreditem), ou qualquer coisa que pule de alguma superfície do cenário, lembrando que ainda tem os constantes disparos das armas inimigas.

Trilhas e efeitos sonoros:

A crítica da época elogiou bastante as composições, por serem bem trabalhadas, talvez um dos pontos positivos do game. Os efeitos são simples, como todos dessa época de 8 bits, mas com certeza o que mais vai se ouvir é o som da morte do Surfista.

Destaque:

Essa é a imagem do protagonista que com certeza é a mais vista durante a jogatina:

A humilhação do jogador diante de tamanha dificuldade do game, a imagem mais lembrada do Surfista Prateado na jogatina.

Opinião:

Surfista Prateado não é um game ruim, mas peca no nível de desafio e dificuldade (já repetimos isso muitas vezes nesse texto), e durante a jogatina só vimos “mortes” que não acabavam mais, então podemos considerar que esse é um problema grave, porque o objetivo de ter diversão vai sendo esfacelado aos poucos, e nenhuma fase muda esse rumo. Para quem gosta de quadrinhos e do Surfista, o game usa o personagem numa trama até razoável, mas isso não se traduz dentro do gameplay, já que não podemos nem chegar aos mestres e acompanhar a história devido à dificuldade, e a raiva chega antes.

Enfim, é um game que vale mais pela curiosidade, e os anos 80 e 90 tiveram uma lista de títulos dessa forma, feitos meio que de qualquer maneira, com uma ideia boa de criação, mas que não souberam ser destrinchadas, fazendo do game somente mais um, e esse com certeza é mais lembrado pela sua dificuldade do que por outra coisa.

Resumindo tudo:

A Dificuldade é Lendária, e a frase que representa esse game é: “Se jogar, prepare-se, porque suas habilidades serão testadas até você quebrar o controle”.

Capa do game para Nintendo 8 bits, lançado em novembro de 1990.



Comentários

  1. Ótimo texto, Fabrício. Quando deparada com a linda capa do jogo, e as screenshots in game, vemos tanto potencial, mas que simplesmente se desfaz pela dificuldade injusta, visto que Battletoads é um jogo muito difícil e injusto em várias partes, mas não impossível. Silver Surfer é agressivo até para gamers durões, e os gráficos, sons, a diversão ficam bastante sufocadas pela dificuldade. O nole desse game deverja ser Silver Suffer! 😆
    Continue assim, Fabrício! Parabéns!

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