Game em Foco - Metal Gear (NES)




No ano de 1988 era lançado para NES (Nintendinho), uma franquia de nome Metal Gear, projetado pela lendário Hideo Kojima. Um game de ação e combate militar, considerado o pioneiro no gênero furtivo (Stealth), com um enredo muito bem trabalhado e personagens marcantes, o que se tornaria uma marca registrada do game nos lançamentos futuros e sucesso nas décadas seguintes.


HISTÓRIA:


Solid Snake é um agente da unidade das forças especiais Fox Hound que está numa missão de infiltração de extremo perigo, o agente precisa resgatar companheiros que foram capturados pelo estado de Outer Heaven, e ao mesmo tempo destruir uma arma de nome Metal Gear, que se trata de um tanque bípede que tem a capacidade de lançar misseis nucleares.



PONTOS CURIOSOS DO GAME:


- A versão de NES vendeu 1 milhão de unidades nos Estados Unidos.

- O jogo teve inspiração no livro de nome “The Great Escape”, que conta a fuga em massa no ano de 1944 do campo de prisioneiros de guerra alemão Stalag Luft III para aviadores britânicos e da Commonwealth.

- Hideo Kojima não teve participação no desenvolvimento do game para o NES, já que nessa época outra divisão da Konami em Tóquio recebeu o código fonte da versão de MSX2, o que não tinha consentimento da equipe original, levando a mudanças no projeto que até hoje são renegadas pelo próprio Kojima.

- Na lista dos 200 melhores jogos para consoles da Nintendo, a versão de NES apesar dos problemas entre as equipes de produção e com o próprio Kojima, foi um sucesso internacional.

- Metal Gear foi um grande diferencial na época, pois apresentava algo que ia além do Super Mario Bros. que era um fenômeno, e dos outros jogos que só o “copiavam”, mostrando que os games poderiam ir além daquele estilo de plataforma, e aqui você poderia andar livremente pelo cenário e tomar decisões para avançar, e mesmo com o hardware limitando as máquinas, somente esse ponto já era muito interessante nas ideias do Kojima, que já mostrava querer surpreender o jogador já naquela época.

- O game tem em seu objetivo o modo furtivo, onde controlando Snake o jogador deve evitar confronto com os inimigos, de preferência sem contato visual, e se infiltrar na base inimiga, caso seja visto, os guardas entram no modo de alerta e a situação pode ficar mais “agitada”.




- Câmeras, sensores de infravermelho, barulhos de disparos ou explosões poderão chamar a atenção dos guardas em grande escala.

- Armas e equipamentos estão dentro de cada estágio para serem usadas pelo agente, com itens como silenciadores, mas as munições são limitadíssimas. Seu nível de saúde, e sua maior capacidade de carregar “coisas” serão aumentados após o resgate de cinco reféns, assim como cada refém morto, acarretará num nível perdido.



- Além de armas o agente pode dar socos em inimigos para derrota-los, mas essa ação é extremamente perigosa e deve ser muito bem analisada, já que pode alertar outros soldados.

- O game apresenta alguns chefes que são um desafio maior ao jogador. São eles: Shoot Gunner, Fire Trooper, Arnold, e o lendário mercenário que fundou o Outer Heaven, o próprio Big Boss, que aqui traz uma reviravolta e obviamente o Metal Gear. E todos eles são importantes para o ótimo enredo desse game.




- Os cenários são bem complexos e são exploradas muitas partes dessa verdadeira base militar, além de Snake ter que usar cartões, chaves, e outros itens para ir avançando.

- No game alguns personagens mantem contato com Snake, fornecendo informações e conselhos através de números de frequência específicos de rádio, e com certeza será preciso falar muitas vezes com cada um deles, como o Big Boss (comandante do agente Snake), Schneider (líder da resistência), Diane, Jennifer, Gray Fox (refém resgatado), Dr. Pettrovich (refém resgatado).



- O game foi lançado primeiro para MSX, e depois vieram as versões de NES (essa da matéria), PC e C64. Posteriormente Metal Gear foi ganhando versões, até explodir de vez no Playstation, sendo hoje uma franquia amada pelos fãs, e um clássico.

- Como curiosidade, no ano de 1990 foi lançado um livro sobre o jogo Metal Gear numa série de nome Worlds Of Power, como uma espécie de novela escrita por Alexander Frost.


CONSIDERAÇÕES:


Um jogo clássico, do gênio Hideo Kojima, que apresentou ideias diferentes do que já havia naquele final dos anos 80, e com uma gameplay bem interessante. A jogabilidade desse Metal Gear é no começo complexa, e depois fica mais simples com o costume, mas no geral tem todo um enredo, de falar com personagens no rádio, pegar chaves, itens, a furtividade e essa dinâmica é bem envolvente. A trilha e os efeitos sonoros são bons, levando em conta a época do game e as limitações do console, não querendo entrar na questão de gráficos e outras coisas. Enfim é um game que se deve dar uma atenção, principalmente para quem é fã da franquia já que a história conta o início das missões do Snake, apresentando também o Big Boss, e para quem conhece os jogos posteriores já deve saber a confusão que é entender o enredo sem ter acompanhado a “cronologia” certa. De qualquer maneira esse é um clássico que deve ser visitado sempre, mesmo que o Kojima não aceite essa versão do Nintendinho.


 







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